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DNA e Compulsão Alimentar: Evidências da Ligação entre Genética e Comportamento Alimentar

Escrito por Equipe Lybe Clinic | Jul 25, 2025 4:41:52 PM

A forma como você lida com a comida pode estar mais relacionada aos seus genes do que você imagina.
Enquanto muitos enxergam a compulsão alimentar como uma questão puramente emocional ou de “falta de força de vontade”, a ciência mostra que há uma base genética que influencia diretamente o nosso comportamento alimentar.

Quando a genética fala mais alto que a disciplina

Algumas pessoas sentem mais fome. Outras, têm mais dificuldade em se saciar. Há quem coma por ansiedade, outras por impulso. E existem pessoas que, mesmo com orientação, planejamento e consciência, não conseguem controlar episódios de compulsão alimentar.

A explicação? Em muitos casos, está na forma como o cérebro responde aos estímulos da alimentação — algo que pode ser geneticamente determinado.

O que os estudos mostram?

Diversas pesquisas científicas já identificaram variantes genéticas associadas à regulação do apetite, saciedade, paladar, metabolismo da dopamina e até preferência alimentar.

Por exemplo:

  • O gene FTO, associado à obesidade, está relacionado a um maior risco de comer em excesso, especialmente alimentos calóricos.

  • Variantes no gene MC4R influenciam a sensação de saciedade, fazendo com que algumas pessoas precisem de mais comida para se sentirem satisfeitas.

  • O gene DRD2, que regula receptores de dopamina, pode impactar o “prazer” que sentimos ao comer, favorecendo episódios de compulsão por busca de recompensa.

Esses marcadores não determinam o seu destino alimentar, mas mostram uma tendência biológica real que precisa ser levada em conta no tratamento.

Como os testes genéticos ajudam?

Ao realizar um teste genético nutricional e comportamental, conseguimos entender:

  • Se você tem predisposição a compulsão, fome emocional ou resistência à saciedade

  • Como seu cérebro reage a alimentos ultraprocessados

  • Qual é o seu perfil de dopamina e serotonina

  • Se você tem maior risco de desenvolver obesidade mesmo com alimentação aparentemente equilibrada

Com essas informações, é possível personalizar estratégias clínicas, nutricionais e comportamentais, como:

  • Ajustes alimentares com foco em saciedade real

  • Suplementações específicas que regulam neurotransmissores

  • Técnicas de comportamento alimentar com base na neurobiologia

  • Protocolos hormonais (quando indicados) para reequilibrar o metabolismo

A abordagem da Lybe Clinic

Na Lybe, unimos genética, medicina e nutrição funcional para tratar a raiz do problema — e não apenas os sintomas.

Ao identificar os fatores biológicos que contribuem para o comportamento alimentar desregulado, conseguimos criar um plano personalizado, eficaz e sustentável para restaurar o equilíbrio entre o corpo e a mente.

Conclusão

Compreender a influência genética sobre a compulsão alimentar é o primeiro passo para abandonar a culpa e adotar uma abordagem mais estratégica, respeitosa e eficiente.

Se você já tentou de tudo, mas sente que sua relação com a comida ainda é desafiadora, talvez seja hora de olhar para o que está nos seus genes.