DNA e Compulsão Alimentar: Evidências da Ligação entre Genética e Comportamento Alimentar

A forma como você lida com a comida pode estar mais relacionada aos seus genes do que você imagina.
Enquanto muitos enxergam a compulsão alimentar como uma questão puramente emocional ou de “falta de força de vontade”, a ciência mostra que há uma base genética que influencia diretamente o nosso comportamento alimentar.
Quando a genética fala mais alto que a disciplina
Algumas pessoas sentem mais fome. Outras, têm mais dificuldade em se saciar. Há quem coma por ansiedade, outras por impulso. E existem pessoas que, mesmo com orientação, planejamento e consciência, não conseguem controlar episódios de compulsão alimentar.
A explicação? Em muitos casos, está na forma como o cérebro responde aos estímulos da alimentação — algo que pode ser geneticamente determinado.
O que os estudos mostram?
Diversas pesquisas científicas já identificaram variantes genéticas associadas à regulação do apetite, saciedade, paladar, metabolismo da dopamina e até preferência alimentar.
Por exemplo:
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O gene FTO, associado à obesidade, está relacionado a um maior risco de comer em excesso, especialmente alimentos calóricos.
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Variantes no gene MC4R influenciam a sensação de saciedade, fazendo com que algumas pessoas precisem de mais comida para se sentirem satisfeitas.
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O gene DRD2, que regula receptores de dopamina, pode impactar o “prazer” que sentimos ao comer, favorecendo episódios de compulsão por busca de recompensa.
Esses marcadores não determinam o seu destino alimentar, mas mostram uma tendência biológica real que precisa ser levada em conta no tratamento.
Como os testes genéticos ajudam?
Ao realizar um teste genético nutricional e comportamental, conseguimos entender:
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Se você tem predisposição a compulsão, fome emocional ou resistência à saciedade
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Como seu cérebro reage a alimentos ultraprocessados
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Qual é o seu perfil de dopamina e serotonina
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Se você tem maior risco de desenvolver obesidade mesmo com alimentação aparentemente equilibrada
Com essas informações, é possível personalizar estratégias clínicas, nutricionais e comportamentais, como:
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Ajustes alimentares com foco em saciedade real
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Suplementações específicas que regulam neurotransmissores
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Técnicas de comportamento alimentar com base na neurobiologia
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Protocolos hormonais (quando indicados) para reequilibrar o metabolismo
A abordagem da Lybe Clinic
Na Lybe, unimos genética, medicina e nutrição funcional para tratar a raiz do problema — e não apenas os sintomas.
Ao identificar os fatores biológicos que contribuem para o comportamento alimentar desregulado, conseguimos criar um plano personalizado, eficaz e sustentável para restaurar o equilíbrio entre o corpo e a mente.
Conclusão
Compreender a influência genética sobre a compulsão alimentar é o primeiro passo para abandonar a culpa e adotar uma abordagem mais estratégica, respeitosa e eficiente.
Se você já tentou de tudo, mas sente que sua relação com a comida ainda é desafiadora, talvez seja hora de olhar para o que está nos seus genes.