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Mounjaro Vale a Pena? Análise médica sobre Riscos, Benefícios e Indicações

Mounjaro Vale a Pena? Análise médica sobre Riscos, Benefícios e Indicações

Nos últimos anos, assistimos a um verdadeiro boom das medicações injetáveis para emagrecimento. Redes sociais, consultórios e até grupos informais falam cada vez mais sobre nomes como Ozempic e, mais recentemente, o Mounjaro.

Com isso, surgiram até buscas por expressões como “Mounjaro de pobre”, que refletem a tentativa de encontrar alternativas mais acessíveis — muitas vezes sem segurança ou eficácia.

A pergunta central permanece: Mounjaro realmente vale a pena? Neste artigo, vou esclarecer em detalhes, com base científica e prática clínica, o que se sabe até hoje sobre esse medicamento.

O que é o Mounjaro?

O Mounjaro é uma caneta injetável semanal cujo princípio ativo é a tirzepatida. Foi inicialmente aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2, mas rapidamente se destacou pelos seus resultados no emagrecimento saudável.

Seu diferencial é atuar com dupla ação hormonal, estimulando simultaneamente os receptores GLP-1 e GIP. Essa inovação fez com que fosse visto como uma evolução em relação a outras terapias já conhecidas.

Como o Mounjaro Funciona no Corpo?

O mecanismo do Mounjaro é sofisticado e altamente eficaz:

  • Estímulo à insulina: ajuda a manter o controle glicêmico eficaz.

  • Menor produção de glicose pelo fígado.

  • Saciedade prolongada: diminui a vontade de comer e facilita a adesão a uma dieta equilibrada.

  • Melhora da sensibilidade à insulina.

  • Aceleração do metabolismo de gorduras.

Comparado ao Ozempic, o Mounjaro demonstrou ser mais potente, facilitando a redução peso corporal de forma mais expressiva e auxiliando no controle do apetite.

Quem deve usar (e quem não deve)?

O Mounjaro vale a pena para pacientes com critérios clínicos bem definidos:

  • Obesidade (IMC ≥ 30).

  • Sobrepeso com comorbidades (IMC ≥ 27), como hipertensão ou apneia do sono.

  • Diabetes tipo 2 descompensado.

  • Casos de reganho de peso após bariátrica.

Por outro lado, não é indicado para:

  • Quem busca perder poucos quilos apenas por estética.

  • Menores de 18 anos, gestantes e lactantes.

  • Portadores de NEM2 ou histórico de câncer de tireoide.

Quais são os Efeitos Colaterais e Como Lidar?

Como qualquer medicamento, o Mounjaro pode apresentar reações adversas. Os mais frequentes são os efeitos gastrointestinais comuns: náusea, refluxo, diarreia e gases.

Menos comuns incluem pancreatite, cálculos biliares e hipoglicemia, principalmente quando associado a outros antidiabéticos.

Dicas para aliviar desconfortos:

  • Adaptação de dose inicial em progressão gradual.

  • Hidratação adequada.

  • Refeições leves e fracionadas.

  • Segurança e acompanhamento médico para manejo adequado.

O Risco do Uso Sem Acompanhamento

A popularização do termo “Mounjaro de pobre” mostra como muitas pessoas estão recorrendo a medicação manipulada sem controle de qualidade. O problema é que esses produtos não possuem comprovação científica nem garantias de composição, o que pode gerar desde efeitos gastrointestinais comuns até riscos graves de intoxicação ou contaminação.

Outro perigo frequente é a autoprescrição. Sem avaliação médica adequada, não há ajuste individual de dose nem monitoramento laboratorial. Isso aumenta a chance de complicações como hipoglicemia, pancreatite e reações adversas, comprometendo a segurança e o acompanhamento médico, que são fundamentais para qualquer tratamento.

Além disso, quando o uso é feito de forma incorreta, cresce o risco de efeito rebote. Muitos pacientes até perdem peso no início, mas recuperam rapidamente ao suspender o remédio, já que não houve mudança real nos hábitos de vida. Esse ciclo de perda e ganho prejudica a manutenção de peso e pode gerar frustração emocional e dependência do medicamento.

Conclusão

O Mounjaro tem eficácia comprovada e pode ser uma ferramenta revolucionária para o tratamento da obesidade e do diabetes. Ele vale a pena sim, desde que seja utilizado dentro de critérios médicos, com segurança, acompanhamento e disciplina.

No entanto, sem mudanças reais no estilo de vida, o efeito tende a ser temporário. O sucesso está na soma de ciência + disciplina + apoio clínico.